sexta-feira, 11 de junho de 2010

o mundo dos cadernos de Lucía Alvarez

hoje consegui acordar cedinho (sempre quero mais, mas acho melhor não reclamar das 5h45) e agora estou aqui escrevendo para o aquórias. só que antes de vir ligar o computador eu escrevi no meu caderninho, aquele que vocês podem ver na foto do post anterior. desde muito pequena tenho uma fixação com cadernos e por muito tempo na minha vida, depois que eu cresci e tomei consciência de que as coisas têm que ter uma utilidade (agora estou desconstruindo isso), isso foi um problema. sim, pois como fica o conteúdo? o que vai dentro de um caderno? ele precisa ter um assunto fixo? ele serve pra organizar pensamentos? como se faz isso? não achando respostas cabíveis para essas questões tão importantes na vida de uma esteta, comecei muitos cadernos que ficaram pela metade ou nem isso. atualmente tenho um esquema que eu acho interessante. tenho o meu caderno da mente (aquele, da foto), um outro para coisas que eu vou aprendendo e estudando seriamente nos meus momentos livres (onde eu fazia as minhas anotações das aulas do parque lage, por exemplo) e outro do trabalho, que é mais sem graça porque é assim que eu vejo as coisas no momento. só pra não passar batido, procurem entrem no site do caderno listrado. o Daniel é uma pessoa muito legal que conheci por causa do meu amor pelos cadernos.

mas eu não comecei este post com o intuito de falar sobre os cadernos e sim sobre o que eu faço todas as manhãs com o meu caderno (aquele...). então vamos lá. quando eu tinha uns 17 anos e estava no primeiro ano da faculdade, eu era uma pessoa bem complicadinha. bem mais do que sou hoje, hein? então a minha sábia mãe sugeriu que eu fizesse análise. lá fui eu na analista da minha mãe, que era muito fofa e me disse que adoraria trabalhar comigo mas não podia porque estava impedida. ela perguntou se eu tinha algo contra mulheres quarentonas mais velhas (sim! haha) e me deu um papelzinho com o número da Ana marli. eu achei a Ana marli adorável desde o começo e comecei a ler tudo que passava pela minha frente sobre análise, sonhos etc. ela devia achar um saco, porque eu era cheia de querer achar respostas instantâneas para tudo e obviamente a coisa não funcionava assim. mas ela teve paciência e um dos jeitos mais legais que achamos de trabalhar foi eu levar cadernos com anotações para ela ler. eu sempre ficava um pouco receosa porque tinha a sensação de que estava impondo horas-extra pra ela, mas ela sempre frisava que tava ótimo. ótimo! foi dessa maneira que eu comecei, além de deixar os meus escritos pra ela ter mais fontes minhas, a fazer a minha auto-análise. se freud fez, por que eu não?

fiz isso por muito tempo e sempre que eu consegui manter a linha foi ótimo. é lindo você começar a lembrar dos seus sonhos com mais facilidade. é maravilhoso conseguir relacionar as coisas na sua vida de uma maneira que faça sentido. enfim. passei anos sem isso e estava sentindo falta. comecei de novo faz uma semana e estou me sentindo cheia de pequenos sucessos. :)

Nenhum comentário:

Postar um comentário