quarta-feira, 23 de junho de 2010

simplicidade

a simplicidade é o último grau da sofisticação

ontem quando eu estava tomando banho tive um insight. de repente pareceu que muitas coisas separadas estavam fazendo sentido juntas. eu estava tomando banho, sentindo a água escorrer na cabeça, pensando em como eu podia tomar o banho mais eficiente possível. xampu no cabelo, passar sabonete no torso. enxaguar o xampu, passar o condicionador, lavar os pés e passar a lixinha. enxaguar o condicionador e lavar a região íntima. acho que no fim das contas foi essa a sequencia mesmo, mas enquanto eu decidia, eu me dei conta de que isso tinha muito a ver com a navalha de occam. explico, adicionando mais dos elementos que se juntaram naquele momento: há duas semanas eu fui a curitiba, cidade onde cresci, visitar meus pais e amigos. muito empolgada com o primeiro encontro da Ana com a minha lomo (a Dianinha), passei todos os dias tirando fotos enlouquecida. entre essas fotos, saiu uma muito bela, que é a que você pode ver logo acima. como você também pode ver logo acima, a frase no muro diz que “a simplicidade é o último grau da sofisticação”. desde o dia que eu tirei a foto – mas principalmente desde que eu a vi revelada -, eu venho tentando achar um sentido pra isso. sim, porque a princípio admito que me pareceu uma dessas frases desconexas ou fora de contexto que você vê por curitiba inteira e que me lembram muito a minha adolescência, mas que de profundas não têm nada. comecei a me informar mais seriamente sobre a simplicidade. comecei na fonte usual, a wikipédia. na versão em português levei um banho de simplismo: duas pretensas meta-frases. parti para o inglês e levei um banho de complexidade. enfim: em meio a tantas outras coisas organizadas de maneira nada simples eu me deparei com a navalha de Occam, que nada mais é (poxa) que a idéia de que se existem duas explicações para a mesma coisa, a mais curta é a mais válida. ler isso desencadeou uma série de pensamentos, projetos e vontades dentro de mim, mas o que interessa é como eu me senti entendendo a simplicidade naquele momento do banho: as listas de coisas a fazer que eu escrevo, meus desenhos de projetos que de gráfico não têm nada... tudo isso é simplesmente a busca da simplicidades, da solução mais verdadeira.
sabe quando você tira uma foto de algo genial e a foto não mostra? acho que este texto é mais ou menos isso. mas pra vocês não se sentirem tão frustrados: processo, de Van Rodrigues. e a indicação da querida revista vida simples.

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