segunda-feira, 16 de agosto de 2010

expectations


Em dezembro eu ganhei um vinho da vinícola do Francis Ford Coppola. Eu, estudante de cinema e exagerada que sou, quase morri de tanta emoção quando soube que o Coppola tinha uma vinícola e eu tinha o prazer de ter um vinho dele nas mãos! Ao invés de eu tomar ele em NY, o que seria mais lógico, já que eu estava lá e ganhei o vinho do amigo da minha prima que mora lá, eu (que não sou nada lógica) trouxe o vinho pra Curitiba e pensei que só abriria em uma ocasião muito especial, tipo quando eu ganhasse um Oscar, sei lá.

Mês passado (ou seja 7 meses depois de eu ter ganhado o vinho) eu li uma matéria na revista Vida Simples sobre procrastinação de prazer, sobre como a gente fica esperando uma ocasião especial para usar um vestido novo, ao invés de usá-lo em qualquer dia de Sol em que vc se sinta feliz e queira ficar bonita, ou quando vc espera uma data importante pra tomar um vinho e no fim ele acaba virando vinagre. Estava escrito bem isso sobre o vinho. Eu li e fiquei tensa, e se meu vinho do Coppola tivesse virado vinagre?! Aquela matéria (que é sensacional, super indico que todos os workaholics leiam, está na edição 93, que tem um jogo de pebolim na capa) me fez querer tomar aquele vinho naquele exato momento, mas eu resolvi esperar só mais um pouquinho e fazer um jantar delicioso e tomá-lo.

Fim de semana passado a diva Lucía veio pra Curitiba e resolveu fazer um nhoque de almoço e eu cheguei à conclusão que seria a ocasião perfeita para tomar o vinho! Eu até me preparei psicologicamente para o momento. Decidi abrir em casa antes, para meu pai e meu irmão poderem provar aquela maravilha comigo e depois eu levaria ele para a casa da Lú. Eu fotografei a garrafa (fotos acima), abri, servi, brindei e, finalmente, provei o vinho. Eu achava que ele ia mudar minha vida, ia ser o melhor vinho que eu já tomei e no fim era só um vinho. Era bom, era muito bom, todo mundo que tomou adorou, mas o problema foi que eu mesma estraguei o vinho pra mim criando toda aquela expectativa em cima dele. Eu podia ter bebido ele no primeiro dia, achado delicioso, mas não, eu esperei 7 meses pra tomar o vinho e achei ele só bom, pq nada poderia chegar àquela coisa mágica e inexistente que eu imaginava. O que estava realmente divino foi o nhoque que a Lú fez, que eu ajudei a fazer e me diverti horrores na cozinha com ela e com Alvarito, nosso amado amigo. O delicioso mesmo foi a gente junto naquele almoço, foda-se o vinho do Coppola (I'm so sorry Mr. Coppola. I love you and your movies, it's nothing personal). Foda-se o Oscar tbm, eu vou beber vinho com meus amigos e usar meus vestidos novos agora mesmo!

3 comentários:

  1. eu só li isso agora, eqto tinha q esperar processar um arquivo e o skype me mandou teu link como aquelas mood messages. (não sei pq tbem)
    Eu adorei a parte do: "eu mesma estraguei o vinho". SO TRUE.
    Tá demais isso aqui, amorilda. Beijo.

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